quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Peça 'OS ESTONIANOS' em cartaz no Teatro Poeira - O Globo Online


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Peça 'Os estonianos' em cartaz no Teatro Poeira - O Globo Online

NÃO VAMOS FALAR SOBRE ISSO AGORA - Pontapé para revigorar o Villa-Lobos


Pontapé para revigorar o Villa-Lobos
(OGlobo - 18/10/2007 05:00:11)

Com estréia amanhã, 'Não vamos falar sobre isso agora' é terceira peça de projeto que leva novos dramaturgos ao local

Alessandra Duarte

Um espaço sem uso e um grupo de artistas sem espaço acabaram de se unir para ver se um dá jeito no outro. Iniciado este ano, o projeto Pontapé Teatral abriu o Espaço 3 do Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, para trabalhos de dramaturgos iniciantes e já está em seu terceiro espetáculo: "Não vamos falar sobre isso agora", que estréia amanhã.

Batizado de Sala Arnaldo Niskier, o Espaço 3 do Villa-Lobos só teve um espetáculo este ano, fora do projeto ("Memorial", em maio). Agora, cada trabalho do Pontapé Teatral ficará lá por três semanas. O primeiro, em setembro, foi "Trincheira 701", de Afonso Henrique-Soares; o segundo, "Cuide bem das orquídeas", de Renata Mizrahi; o terceiro, "Não vamos falar sobre isso agora", com estréia amanhã; e o quarto (e último, por enquanto), "Ensaio para uma peça ou Atos prováveis", de Guilherme Miranda, com direção de Henrique Tavares, que estréia dia 9 de novembro.

- O Espaço 3 do Villa-Lobos sempre foi um lugar para trabalhos de menor porte ou de experimentação, e estava parado. Havia até um boato de que seria fechado. Então, levamos a idéia para a Angela Leal (então subsecretária estadual de Cultura e secretária interina da pasta) de ocupá-lo com espetáculos nossos, que não estavam conseguindo pauta em outros locais - diz Fernanda Neder, uma das organizadoras do projeto, juntamente com João Rodrigo Ostrower, e que atua em "Ensaio para uma peça...". - No início, pensamos em estender o projeto para apresentações aos teatros da rede estadual mais afastados, como os de Marechal Hermes e Campo Grande. Mas não temos patrocínio, então o dinheiro não deu.

Elenco de "Não vamos falar..." traz filha de Dina Sfat

Oitavo espetáculo escrito por Julia Spadaccini a entrar em cartaz, "Não vamos falar sobre isso agora" é a primeira direção de Jorge Caetano e traz Ana Kutner (filha de Dina Sfat e de Paulo José), Isabella Lomez e Thais Tedesco vivendo a mesma personagem.

- Gosto muito de brincar com essa história de um mesmo personagem ser vivido por vários atores. Neste caso, as atrizes interpretam uma mulher que está numa espécie de sonho com um homem (papel de Pedro Henrique Monteiro). São três visões sobre um mesmo relacionamento - diz Julia Spadaccini, de 29 anos, autora de espetáculos como "Boeing 737", vencedor do Festival de Esquetes de 2003, e "Por enquanto é isso" (dela juntamente com Rodrigo Nogueira), que fez temporada no Espaço Sérgio Porto. - Em dezembro, no Galeria Café, eu e o Rodrigo vamos estrear outra peça, "Ainda bem que foi agora", uma comédia romântica, com direção do Marcelo Saback. Tirei dinheiro do bolso. Se tivesse esperado por patrocínio, não teria apresentado nenhum dos meus oito trabalhos.

Para Julia, a força dos artistas iniciantes de teatro em São Paulo, ao contrário do que estaria ocorrendo no Rio, deve-se à união:

- Somos muito isolados. Aqui é cada um por si. Levar nosso projeto ao Villa-Lobos é uma tentativa de mudar isso.

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CIA CASA DE JORGE


A CIA. CASA DE JORGE vem desenvolvendo desde 2005 uma linguagem teatral onde o autor participa ativamente do processo de montagem de seus textos. O primeiro espetáculo “NÃO VAMOS FALAR SOBRE ISSO AGORA” (2007) participou do Projeto Pontapé Teatral no Espaço III do Teatro Villa Lobos e ficou em cartaz no Teatro das Artes. “OS ESTONIANOS” (2008) que estreou no SESC-Copacabana e seguiu em temporada no Teatro Maria Clara Machado e no Teatro Poeira, é o segundo trabalho do grupo e foi reconhecido pela crítica especializada:

“..(...) A peça mostra um talento promissor, e vale a pena saudar um texto brasileiro, escrito para teatro, e que tem respeito pela inteligência alheia. (...) A direção de Jorge Caetano procura emprestar a cada personagem a forma do caráter que o texto cria para cada um, conseguindo em vários momentos completar o que o texto deixa sugerido.A trilha sonora, (criada pelo diretor), faz contribuição muito boa para o clima do espetáculo”

Barbara Heliodora

“Valendo-se de marcações pertinentes e expressivas, o diretor consegue não apenas valorizar ao máximo os conteúdos implícitos, mas também extrair do elenco ótimas atuações.” Lionel Fischer

“A direção de Jorge Caetano criou bastante, inventando movimentos, pausas, tempos mortos, tudo bastante expressivo. Os Estonianos para mim é espetáculo recomendável” Sérgio Britto

“É arrebatador ter em cena fiapos do tempo em que vivemos.(...)Há um idioma comum, um gratificante tom de pesquisa de grupo”

Tânia Brandão

A Companhia, que está trabalhando na sua próxima montagem

O CÉU ESTÁ VAZIO, é formada por gente de teatro, voltada para um mesmo objetivo: formar um grupo permanente, em um processo constante no qual uma peça é parte de um caminho que vai sendo aberto aos poucos, dia após dia, sem prazo para terminar nem ponto final.

A CIA. CASA DE JORGE é formada por Julia Spadaccini, Jorge Caetano, Ana Kutner, Thais Tedesco e Pedro Henrique Monteiro. Julia é a autora fixa da companhia. Seu trabalho é voltado para temas da atualidade, abordando as dificuldades das relações humanas, a solidão, a afirmação individual e a necessidade do outro. Seu foco de estudo e pesquisa é o comportamento humano atual. Através de seus textos trataremos de investigar o porque de tanto vazio afetivo, tanta falta de sentido. Entender o que a expansão tecnológica causou em nossa vontade de realmente conhecer as coisas, o mundo e as pessoas.. O que essa mudança causa nas relações. O que essa violenta venda de uma pseudo-felicidade, de uma infinita tentativa de perfeição e juventude eterna, causa no movimento amoroso.Como estamos lidando hoje com nossa própria humanidade

Jorge Caetano é ator, diretor do grupo e responsável pelas trilhas sonoras. Formado pela CAL, tem longa experiência com o teatro experimental e trabalhos criados a partir de improvisações. Foi integrante durante seis anos da Cia teatro autônomo de Jefferson Miranda e trabalhou com importantes diretores brasileiros, como Aderbal Freire-Filho, Augusto Boal, Fabio Ferreira, Alessandra Vannucci, entre outros.

SOBRE A CASA DE JORGE - PAULO JOSÉ



A CASA DE JORGE, acabou por se fixar como o nome do grupo, que ensaiava na casa de Jorge Caetano, ator, jornalista e diretor de NÃO VAMOS FALAR SOBRE ISSO AGORA (que considero como um dos melhores espetáculos de 2007) e OS ESTONIANOS, sucesso de crítica e público.

Mais um grupo que nasce –Viva!, e que, ao que tudo indica, por suas qualidades e disposição, veio para ficar. Veio para fazer teatro, não para montar uma peça.

Montar peças e fazer teatro são duas coisas totalmente diferentes. Montar uma peça é um trabalho isolado, sem antecedentes nem conseqüências. Em geral são espetáculos para palco italiano, contam com duas ou três estrelas conhecidas (da televisão, principalmente), tem cenários irremovíveis (uma cenografia cara parece ser a coisa mais importante do teatro), e só algumas capitais merecem esses espetáculos que tem seus ingressos vendidos a 80, 100 reais cada um. 

FAZER TEATRO é um processo contínuo que começa quando há um encontro de pessoas, não necessariamente famosas via TV, mas gente de teatro, voltada para um mesmo objetivo: formar um grupo permanente, em um processo constante no qual uma peça é parte de um caminho que vai sendo aberto aos poucos, dia após dia, sem prazo para terminar nem ponto final. E entre outras premissas básicas está a elaboração de espetáculos flexíveis, que possam ser encenados nos mais variados tipos de espaço, de fácil transporte para viagens a lugares onde há uma enorme carência de cultura que não seja a que lhes chega via TV.

É em torno de uma boa dramaturgia que se formam os melhores grupos de teatro. Julia Spadaccini é hoje, uma autora teatral madura, apesar de sua juventude, com cerca de dez peças encenadas, entre elas: “Na Geladeira”, “Boeing 737”, “A Porta Giratória”, “Estudo sobre a Sedução”, “Por enquanto é Isso” “A Sônia é que é Feliz”, “Um dia Anita”, “Chuva Ácida”, “Alberto Azulão”, todas detentoras de vários prêmios nos festivais onde foram apresentadas
Júlia é considerada uma das principais autoras do chamado novo teatro, voltado para temas da atualidade, abordando as dificuldades das relações humanas, a solidão, a afirmação individual e a necessidade do outro, os sentimentos contraditórios, sem vítimas nem algozes, ninguém é detentor da verdade, nem há intenção moralizante. Passa longe da comédia ou drama burguês, das comédias de adultério, dos sentimentos banais travestidos de profundidade filosófica. 
Jorge Caetano é ator, produtor, diretor do grupo e responsável pelas trilhas sonoras. Formado pela CAL, tem longa experiência com o teatro experimental e trabalhos criados a partir de improvisações. É ator convidado d´ Aquela Cia de Teatro e recebeu o prêmio APTR (2011) e o prêmio FITA (2011) de melhor ator coadjuvante no musical Outside.
 
A geração do novo teatro sabe rir de si mesma, onde o heroísmo se banha em ironia, mas não é pessimista. Aposta no ser humano e sabe que as dificuldades são superadas pela união de esforços. É mais um grupo teatral nascendo que veio para ficar e que merece todo o apoio para que não seja apenas mais uma peça, mas o ponto de partida para um viagem artística que desejamos que seja longa e fecunda.
Paulo José
Ator e diretor

OS ESTONIANOS - CLIPE E SINPOSE DA PEÇA



SINOPSE

Pedro ( Jorge Caetano), o personagem central está enfrentando uma crise da qual ele não tem nenhuma domínio.Se sente vazio, sem sentido, escravo do cotidiano que passa a questionar. Marília,( Ana kutner) mulher de Pedro e psiquiatra, tenta de forma reducionista controlar a crise de Pedro lhe dizendo que ele está passando por uma crise de ansiedade generalizada e lhe medica. Fred, ( Pedro Henrique Monteiro) melhor amigo de Pedro, começa a desenvolver uma paranóia constante ao perceber que no prédio onde trabalha há 37 câmeras que controlam os funcionários. Fred começa a achar que pelas câmeras os seus superiores verão que ele está infeliz no trabalho, e começa a fazer curso de interpretação para TV, para não ser mandado embora. Fred começa a se corresponder pela internet com um Estoniano e começa a sonhar com a Estônia e se programar para morar lá. Suely( Ticiana Passos) é uma garçonete que faz entregas no bairro onde trabalha. Numa de suas entregas Suely conhece Pedro que a convida para entrar em sua casa, dizendo achar muito estranho que alguém vá até lá para lhe entregar sua comida e não seja convidada para entrar. Suely não consegue mais fazer entregas, pois não consegue lidar com o fato de não ser mais convidada para entrar. Lívia, (Thais Tedesco) é uma moça solitária que vive freqüentando terapias de grupo. Lívia é tão solitária, que coloca um anuncio no jornal como prostituta para que alguém lhe faça companhia. Pedro lê o anúncio e chama Lívia. . Todos os personagens se encontram e vão gradativamente formando um quadro da realidade contemporânea dos jovens na faixa dos trinta anos.

OS ESTONIANOS - 2008 - SESC COPACABANA E TEATRO MARIA CLARA MACHADO RJ 2009 - TEATRO POERIA - RJ 2010- CIRCUITO SESC - RJ







JULIA SPADACCINI - DRAMATURGA DA CIA CASA DE JORGE